terça-feira, 27 de janeiro de 2009

II CAPÍTULO
A catequese no processo da evangelização
« O que nós ouvimos e conhecemos, o que nos contaram nossos pais, não o esconderemos a seus filhos; nós o contaremos à geração seguinte os louvores de Iahweh e seu poder, e as maravilhas que realizou » (Sl 78,34). « Apolo tinha sido instruído no caminho do Senhor e, no fervor do espírito, falava e ensinava com exatidão o que se refere a Jesus » (At 18,25).
60. Neste capítulo, mostra-se a relação da catequese com os demais elementos da evangelização, da qual ela é parte integrante.
Neste sentido, descreve-se, em primeiro lugar, a relação da catequese com o primeiro anúncio, que se realiza na missão. Mostra-se depois a íntima conexão entre a catequese e os sacramentos da iniciação cristã. Explica-se, a seguir, o papel fundamental da catequese na vida ordinária da Igreja no seu papel de educar permanentemente à fé.
Uma consideração especial é reservada à relação que existe entre a catequese e o ensino escolar da Religião, uma vez que ambas as ações são profundamente interligadas e, juntamente com a educação familiar cristã, mostram ser basilares para a formação da infância e da juventude.
Primeiro anúncio e catequese
61. O primeiro anúncio se dirige aos não crentes e àqueles que, de fato, vivem na indiferença religiosa. Ele tem a função de anunciar o Evangelho e de chamar à conversão. A catequese, « distinta do primeiro anúncio do Evangelho » (182) promove e faz amadurecer esta conversão inicial, educando à fé o convertido e incorporando-o na comunidade cristã. A relação entre estas duas formas do ministério da Palavra é, portanto, uma relação de distinção na complementariedade.
O primeiro anúncio, que cada cristão é chamado a realizar, participa do « ide » (183) que Jesus propôs a seus discípulos: implica, portanto, o sair, o apressar-se, o propor. A catequese, ao invés, parte da condição que o próprio Jesus indicou, « aquele que crer », (184) aquele que se converter, aquele que se decidir. As duas ações são essenciais e se atraem mutuamente: ir e acolher, anunciar e educar, chamar e incorporar.
62. Na prática pastoral, todavia, as fronteiras entre as duas ações não são facilmente delimitáveis. Freqüentemente, as pessoas que acedem à catequese, necessitam, de fato, de uma verdadeira conversão. Por isso, a Igreja deseja que, ordinariamente, uma primeira etapa do processo catequético seja dedicada a assegurar a conversão. (185) Na « missão ad gentes », esta tarefa se realiza no « pré-catecumenato ». (186) Na situação requerida pela « nova evangelização » esta tarefa se realiza por meio da « catequese kerigmática », que alguns chamam de « pré-catequese », (187) porque, inspirada no pré-catecumenato, é uma proposta da Boa Nova em ordem a uma sólida opção de fé. Somente a partir da conversão, isto é, apostando na atitude interior « daquele que crer », a catequese propriamente dita poderá desenvolver a sua tarefa específica de educação da fé. (188)
O fato de que a catequese, num primeiro momento, assuma estas tarefas missionárias, não dispensa a Igreja particular de promover uma intervenção institucionalizada de primeiro anúncio, como atuação mais direta do mandato missionário de Jesus. A renovação catequética deve basear-se nesta evangelização missionária prévia.
A Catequese a serviço da iniciação cristã
A catequese, « momento » essencial do processo de evangelização
63. A Exortação apostólica Catechesi Tradendae, colocando a catequese no âmbito da missão da Igreja, recorda que a evangelização é uma realidade rica, complexa e dinâmica, que compreende « momentos » essenciais e diferentes entre si. E acrescenta: « A catequese é... um desses momentos — e quanto ele há-de ser tido em conta! — de todo o processo da evangelização ». (189) Isto significa que há ações que « preparam » (190) a catequese, e ações que « derivam » (191) da catequese.
O « momento » da catequese é aquele que corresponde ao período em que se estrutura a conversão a Jesus Cristo, oferecendo as bases para aquela primeira adesão. Os convertidos, mediante « um ensinamento e um aprendizado devidamente prolongado no decorrer de toda a vida cristã », (192) são iniciados no mistério da salvação e num estilo de vida evangélico. Trata-se, de fato, de « iniciá-los na plenitude da vida cristã ». (193)
64. Ao realizar, de diferentes formas, esta função de iniciação do ministério da Palavra, a catequese lança os fundamentos do edifício da fé. (194) Outras funções deste ministério construirão depois os diferentes andares desse mesmo edifício.
A catequese de iniciação é, assim, o elo necessário entre a ação missionária, que chama à fé, e a ação pastoral, que alimenta continuamente a comunidade cristã. Não é, portanto, uma ação facultativa, mas sim uma ação basilar e fundamental para a construção, tanto da personalidade do discípulo, quanto da comunidade. Sem ela, a ação missionária não teria continuidade e seria estéril. Sem ela, a ação pastoral não teria raízes e seria superficial e confusa: qualquer tempestade faria desmoronar todo o edifício. (195)
Na verdade, « o crescimento interior da Igreja, a sua correspondência aos desígnios de Deus, dependem essencialmente da catequese ». (196) Neste sentido, a catequese deve ser considerada como momento prioritário na evangelização.
A catequese a serviço da iniciação cristã
65. A fé, mediante a qual o homem responde ao anúncio do Evangelho, exige o Batismo. A íntima relação entre as duas realidades tem sua raiz na vontade do próprio Cristo, que ordenou aos seus apóstolos que fizessem discípulos em todas as nações e os batizassem. « A missão de batizar, portanto, a missão sacramental, está implícita na missão de evangelizar ». (197)
Aqueles que se converteram a Jesus Cristo e foram educados à fé por meio da catequese, ao receberem os sacramentos da iniciação cristã, o Batismo, a Confirmação e a Eucaristia, são « libertados do poder das trevas; mortos com Cristo, con-sepultados e coressuscitados com Ele, recebem o Espírito da adoção de filhos e com todo o Povo de Deus celebram o memorial da morte e da ressurreição do Senhor ». (198)
66. A catequese é, assim, elemento fundamental da iniciação cristã e é estreitamente ligada com os sacramentos de iniciação, de modo particular com o Batismo, « sacramento da fé ». (199) O elo que une a catequese com o Batismo é a profissão de fé que é, ao mesmo tempo, o elemento interior a este sacramento e a meta da catequese. A finalidade da ação catequética consiste precisamente nisso: em favorecer uma viva, explícita e operosa profissão de fé. (200) A Igreja, para alcançar esta finalidade, transmite aos catecúmenos e aos catequizandos, a viva experiência que ela tem do Evangelho, e a sua fé, a fim de que estes a façam própria, ao professá-la. Por isso, « a catequese autêntica é sempre iniciação ordenada e sistemática à revelação que Deus fez de Si mesmo ao homem, em Jesus Cristo; revelação esta conservada na memória
profunda da Igreja e nas Sagradas Escrituras, e constantemente comunicada, por uma « traditio » (tradição) viva e ativa, de uma geração para a outra ». (201)
Características fundamentais da catequese de iniciação
67. O fato de ser « momento essencial » do processo evangelizador, a serviço da iniciação cristã, confere à catequese algumas características. (202) Ela é:
– uma formação orgânica e sistemática da fé. O Sínodo de 1977 sublinhou a necessidade de uma catequese « orgânica e bem ordenada », (203) uma vez que o aprofundamento vital e orgânico do mistério de Cristo é aquilo que principalmente distingue a catequese de todas as demais formas de apresentação da Palavra de Deus.
– Esta formação orgânica é mais do que um ensino: é um aprendizado de toda a vida cristã, « uma iniciação cristã integral », (204) que favorece uma autêntica seqüela de Cristo, centrada na Sua Pessoa. Trata-se, de fato, de educar ao conhecimento e à vida de fé, de tal maneira que o homem no seu todo, nas suas experiências mais profundas, se sinta fecundado pela Palavra de Deus. Ajudar-se-á, assim, o discípulo de Cristo, a transformar o homem velho, a assumir os seus compromissos batismais e a professar a fé a partir do « coração ». (205)
– É uma formação de base, essencial, (206) centrada naquilo que constitui o núcleo da experiência cristã, nas certezas mais fundamentais da fé e nos mais basilares valores evangélicos. A catequese lança os fundamentos do edifício espiritual do cristão, alimenta as raízes da sua vida de fé, habilitando-o a receber o sucessivo alimento sólido, na vida ordinária da comunidade cristã.
68. Em síntese: a catequese de iniciação, sendo orgânica e sistemática, não se reduz ao meramente circunstancial ou ocasional; (207) sendo formação para a vida cristã, supera — incluindo-o — o mero ensino; (208) e sendo essencial, visa àquilo que é « comum » para o cristão, sem entrar em questões disputadas, nem transformar-se em pesquisa teológica. Enfim, sendo iniciação, incorpora na comunidade que vive, celebra e testemunha a fé. Realiza, portanto, ao mesmo tempo, tarefas de iniciação, de educação e de instrução. (209) Esta riqueza, inerente ao Catecumenato dos adultos não batizados, deve inspirar as demais formas de catequese.
A Catequese a serviço da educação permanente da fé
A educação permanente da fé na comunidade cristã
69. A educação permanente à fé segue a educação de base e a supõe. Ambas atualizam duas funções do ministério da Palavra, distintas e complementares, a serviço do processo permanente de conversão.
A catequese de iniciação lança as bases da vida cristã naqueles que seguem Jesus. O processo permanente de conversão vai além daquilo que fornece a catequese de base. Para favorecer tal processo, é necessária uma comunidade cristã que acolha os iniciados para sustentá-los e formá-los na fé. « A catequese corre o risco de se tornar estéril se uma comunidade de fé e de vida cristã não acolher o catecúmeno num certo estágio da sua catequização ». (210) O acompanhamento que a comunidade exercita em favor do iniciado, transforma-se em plena integração do mesmo na comunidade.
70. Na comunidade cristã, os discípulos de Jesus Cristo se alimentam em uma dúplice mesa: « da Palavra de Deus e do Corpo de Cristo ». (211) O Evangelho e a Eucaristia são alimento constante na peregrinação rumo à casa do Pai. A ação do Espírito Santo faz com que o dom da « comunhão » e o empenho da « missão » sejam aprofundados e vividos de maneira sempre mais intensa.
A educação permanente da fé se dirige não apenas a cada cristão, para acompanhá-lo no seu caminho rumo à santidade, mas também à comunidade cristã enquanto tal, para que amadureça tanto na sua vida interior de amor a Deus e aos irmãos, quanto na sua abertura ao mundo como comunidade missionária. O desejo e a oração de Jesus ao Pai são um incessante apelo: « a fim de que todos sejam um. Como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, que eles estejam em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste ». (212) Aproximar-se, pouco a pouco, desse ideal, exige, na comunidade, uma grande fidelidade à ação do Espírito Santo, um constante alimentar-se do Corpo e Sangue do Senhor e uma permanente educação na fé, na escuta da Palavra.
Nesta mesa da Palavra de Deus, a homilia ocupa um lugar privilegiado, uma vez que « retoma o itinerário de fé proposto pela catequese e o leva ao seu complemento natural; ao mesmo tempo, ela impulsiona os discípulos do Senhor a retomarem cada dia o seu itinerário espiritual, na verdade, na adoração e na ação de graças ». (213)
Múltiplas formas de catequese permanente
71. Para a educação permanente à fé, o ministério da Palavra conta com muitas formas de catequese. Entre estas, podem ser evidenciadas as seguintes:
– O estudo e o aprofundamento da Sagrada Escritura, lida não somente na Igreja, mas com a Igreja e a sua fé sempre viva. Isto ajuda a descobrir a verdade divina, de modo a suscitar uma resposta de fé. A chamada « lectio divina » é forma eminente deste vital estudo das Escrituras. (214)
– A leitura cristã dos eventos, que é requerida pela vocação missionária da comunidade cristã. A este respeito, o estudo da doutrina social da Igreja é indispensável, visto que « sua finalidade principal é interpretar estas realidades (as complexas realidades da existência do homem, na sociedade e no contexto internacional), examinando a sua conformidade ou desconformidade com as linhas do ensinamento do Evangelho ». (215)
– A catequese litúrgica, que prepara aos sacramentos e favorece uma compreensão e uma experiência mais profunda da liturgia. Ela explica o conteúdo das orações, o sentido dos gestos e dos sinais, educa à participação ativa, à contemplação e ao silêncio. Deve ser considerada como « uma eminente forma de catequese ». (216)
– A catequese ocasional, que em determinadas circunstâncias da vida pessoal, familiar, social e eclesial, busca ajudar a interpretar e viver tais circunstâncias, a partir da perspectiva da fé. (217)
– As iniciativas de formação espiritual, que fortalecem as convicções, abrem a novas perspectivas e fazem perseverar na oração e no compromisso da seqüela de Cristo.
O aprofundamento sistemático da mensagem cristã, por meio de um ensino teológico que eduque verdadeiramente à fé, faça crescer na compreensão da mesma e torne o cristão capaz de dar razões da sua esperança, no mundo atual. (218) Num certo sentido, é apropriado denominar tal ensino como « catequese de aperfeiçoamento ».
72. É de fundamental importância que a catequese de iniciação para adultos, batizados ou não, a catequese de iniciação para crianças e jovens e a catequese permanente sejam bem conexas no projeto catequético da comunidade cristã, a fim de que a Igreja particular cresça harmoniosamente e a sua atividade evangelizadora nasça de fontes autênticas. « É importante também que a catequese das crianças e dos jovens, a catequese permanente e a catequese dos adultos não sejam domínios estanques e sem comunicação... é necessário favorecer a sua perfeita complementaridade ». (219)
Catequese e ensino escolar da Religião
O caráter próprio do ensino escolar da Religião
73. Uma consideração especial merece — no âmbito do ministério da Palavra — o caráter próprio do ensino religioso na escola e a sua relação com a catequese das crianças e dos jovens.
A relação entre o ensino religioso na escola e a catequese é uma relação de distinção e de complementaridade: « Há um nexo indivisível e, ao mesmo tempo, uma clara distinção entre o ensino da religião e a catequese ». (220)
O que confere ao ensino religioso escolar a sua peculiar característica, é o fato de ser chamado a penetrar no âmbito da cultura e de relacionar-se com outras formas do saber. Como forma original do ministério da Palavra, de fato, o ensino religioso escolar torna presente o Evangelho no processo pessoal de assimilação, sistemática e crítica, da cultura. (221)
No universo cultural, que é interiorizado pelos alunos e que é definido pelas formas de saber e pelos valores oferecidos pelas demais disciplinas escolares, o ensino religioso escolar deposita o fermento dinâmico do Evangelho e busca « abranger realmente os outros elementos do saber e da educação, para que o Evangelho impregne a mentalidade dos alunos no ambiente da sua formação e para que a harmonização da sua cultura se faça à luz da fé ». (222)
É necessário, portanto, que o ensino religioso escolar se mostre como uma disciplina escolar, com a mesma exigência de sistema e rigor que requerem as demais disciplinas. Deve apresentar a mensagem e o evento cristão com a mesma seriedade e profundidade com a qual as demais disciplinas apresentam seus ensinamentos. Junto a estas, todavia, o ensino religioso escolar não se situa como algo acessório, mas sim no âmbito de um necessário diálogo interdisciplinar. Este diálogo deve ser instituído, antes de mais nada, naquele nível no qual cada disciplina plasma a personalidade do aluno. Assim, a apresentação da mensagem cristã incidirá na maneira com que se concebe a origem do mundo e o sentido da história, o fundamento dos valores éticos, a função da religião na cultura, o destino do homem, a relação com a natureza. O ensino religioso escolar, mediante este diálogo interdisciplinar, funda, potencia, desenvolve e completa a ação educadora da escola. (223)
O contexto escolar e os destinatários do ensino escolar da Religião
74. O ensino escolar da Religião desenvolve-se em contextos escolares diversos, o que faz com que este, embora mantendo o seu caráter próprio, adquira acentuações diversas. Estas dependem das condições legais e de organização, da concepção didática, dos pressupostos pessoais dos professores e dos alunos e da relação do ensino religioso escolar com a catequese familiar e paroquial.
Não é possível reduzir à uma única forma todos os modelos de ensinamento religioso escolar, desenvolvidas historicamente em seguida a Acordos com os Estados e às deliberações de cada Conferência dos Bispos. Todavia, é necessário esforçar-se para que, segundo os relativos pressupostos, o ensino religioso escolar responda às suas finalidades e características peculiares. (224)
Os alunos « têm o direito de aprender, de modo verdadeiro e com certeza, a religião à qual pertencem. Não pode ser desatendido este seu direito a conhecer mais profundamente a pessoa de Cristo e a totalidade do anúncio salvífico que Ele trouxe. O caráter confessional do ensino religioso escolar, realizado pela Igreja segundo modos e formas estabelecidas em cada País, é, portanto, uma garantia indispensável, oferecida às famílias e aos alunos que escolhem tal ensino ». (225)
Para a escola católica, o ensino religioso escolar, assim qualificado e completado com outras formas do ministério da Palavra (catequese, celebrações litúrgicas, etc.), é parte indispensável da sua tarefa pedagógica e fundamento da sua existência. (226)
O ensino religioso escolar, no contexto da escola pública e no da não confessional, lá onde as autoridades civis ou outras circunstâncias impõem um ensino religioso comum aos católicos e nãocatólicos, (227) terá uma característica mais ecumênica e de conhecimento inter-religioso comum.
Em outras ocasiões, o ensinamento religioso escolar poderá ter um caráter mais cultural, orientado para o conhecimento das religiões, apresentando, com o necessário realce, a religião católica. (228) Também neste caso, sobretudo se administrado por um professor sinceramente respeitoso, o ensino religioso escolar mantém uma dimensão de verdadeira « preparação evangélica ».
75. A situação de vida e de fé dos alunos que freqüentam o ensino religioso escolar é caracterizada por uma constante e notável transformação. O ensino religioso escolar deve levar em conta este dado, para poder atingir as próprias finalidades.
O ensino religioso escolar ajuda os alunos que têm fé a compreender melhor a mensagem cristã, em relação com os grandes problemas existenciais comuns às religiões e característicos de todo ser humano, com as visões da vida mais presentes na cultura, e com os principais problemas morais nos quais, hoje, a humanidade se encontra envolvida.
Os alunos, ao invés, que se encontram em uma situação de busca ou diante de dúvidas religiosas, poderão descobrir no ensino religioso escolar o que é, exatamente, a fé em Jesus Cristo, quais são as respostas que a Igreja oferece aos seus interrogativos, dando-lhes a oportunidade de perscrutar melhor a própria decisão.
Finalmente, quando os alunos não têm fé, o ensino religioso escolar assume as características de um anúncio missionário do Evangelho, em vista de uma decisão de fé, que a catequese, por sua parte, em um contexto comunitário, poderá em seguida fazer crescer e amadurecer.
A educação cristã familiar: catequese e ensino religioso escolar a serviço da educação na fé
76. A educação cristã na família, a catequese e o ensino da religião na escola, cada qual segundo as próprias características peculiares, são intimamente correlacionados com o serviço da educação cristã das crianças, adolescentes e jovens. Na prática, porém, é preciso levar em consideração diferentes variáveis que geralmente se apresentam, com o intuito de agir com realismo e prudência pastoral, na aplicação das orientações gerais.
Portanto, cabe a cada diocese ou região pastoral distinguir as diversas circunstâncias que intervêm, tanto no que concerne à existência ou não da iniciação cristã no âmbito das famílias, para os próprios filhos, quanto no que diz respeito às incumbências formativas que, na tradição ou situação locais, exercitam as paróquias, as escolas, etc...
E, conseqüentemente, a Igreja particular e a Conferência dos Bispos estabelecerão as orientações próprias para os diversos âmbitos, estimulando atividades que são distintas e complementares.

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