HOMÍLIA PAPA FRANCISCO - OUTUBRO
MISSA DA CASA SANTA MARTA
TERÇA-FEIRA, 01 DE OUTUBRO
TERÇA-FEIRA, 01 DE OUTUBRO
MISSA COM OS CARDEAIS QUE AUXILIARÃO O PAPA NO GOVERNO DA IGREJA
Da Redação, com Rádio Vaticano
Papa Francisco celebrou a Missa nesta terça-feira, 1º, na Casa Santa com os purpurados do Conselho de Cardeais que se reúnem com o Papa no Vaticano de hoje, 1º até 3 de outubro. Na homilia, o Pontífice desejou que estas reuniões possam torná-los mais humildes e confiantes em Deus, a fim de que a Igreja possa dar um belo testemunho ao povo.
Francisco desenvolveu sua homilia a partir do Evangelho do dia, que narra a repreensão de Jesus aos apóstolos que queriam que descesse fogo do céu para aqueles que não O aceitassem. O caminho do cristão não é um caminho de vingança, mas sim de humildade e brandura. E a força que leva a estas atitudes é o amor.
“Propriamente no amor, na caridade, na consciência de que estamos nas mãos do Pai. Quando se sente isso, não vem o desejo de descer fogo do céu, vem outro espírito, aquele da caridade que tudo sofre, tudo perdoa, que não se vangloria, que é humilde, que não procura a si mesmo”.
O Papa recordou então o que já dizia o Papa Emérito Bento XVI, que a Igreja não cresce por proselitismo, mas sim por atração, por testemunho. E quando o povo vê este testemunho de humildade, tem a vontade de seguir adiante com Cristo, com a Igreja.
“É simples a caridade: adorar a Deus e servir aos outros! E este testemunho faz crescer a Igreja”, recordando o exemplo de humildade e caridade de Santa Teresa do Menino Jesus, celebrada pela Igreja hoje.
As reuniões que se iniciam hoje no Vaticano com o conselho de cardeais formado pelo Papa e os cardeais encarregados de ajudá-lo no governo da Igreja.
“Peçamos ao Senhor que o nosso trabalho de hoje nos faça todos mais humildes, mais brandos, mais pacientes, mais confiantes em Deus, para que a Igreja possa dar um belo testemunho ao povo que, vendo o Povo de Deus, vendo a Igreja, sinta a necessidade de vir conosco!”.
HOMÍLIA PAPA FRANCISCO
HOMÍLIA PAPA FRANCISCO
VISITA PASTORAL A ASSIS
Tradução: Jéssica Marçal
Paz e bem a todos! Com esta saudação franciscana agradeço-vos por terem vindo aqui, nesta praça, cheia de história e de fé, para rezarem juntos.
Hoje também eu, como tantos peregrinos, vim aqui para bendizer o Pai por tudo aquilo que quis revelar a cada um destes “pequenos” de que fala o Evangelho: Francisco, filho de um rico comerciante de Assis. O encontro com Jesus o levou a despojar-se de uma vida confortável e despreocupada para casar-se com a “Mãe Pobreza” e viver como verdadeiro filho do Pai que está nos céus. Esta escolha, por parte de São Francisco, representava um modo radical de imitar Cristo, de revestir-se Daquele que, rico que era, fez-se pobre para enriquecer-nos por meio da sua pobreza (cfr Cor 8, 9). Em toda a vida de Francisco, o amor pelos pobres e a imitação de Cristo pobre são dois elementos unidos de modo indissociável, as duas faces de uma mesma moeda.
O que testemunha São Francisco a nós, hoje? O que nos diz, não com as palavras – isto é fácil – mas com a vida?
1. A primeira coisa que nos diz, a realidade fundamental que nos testemunha é esta: ser cristãos é uma relação vital com a Pessoa de Jesus, é revestir-se Dele, é assimilação a Ele.
De onde parte o caminho de Francisco rumo a Cristo? Parte do olhar de Jesus na cruz. Deixar-se olhar por Ele no momento em que doa a vida por nós e nos atrai para Ele. Francisco fez esta experiência de modo particular na pequena Igreja de São Damião, rezando diante do crucifixo, que também eu pude venerar hoje. Naquele crucifixo, Jesus não aparece morto, mas vivo! O sangue escorre das feridas das mãos, dos pés e dos lados, mas aquele sangue exprime vida. Jesus não tem os olhos fechados, mas abertos, grandes: um olhar que fala ao coração. E o crucifixo não nos fala de derrota, de fracasso; paradoxalmente nos fala de uma morte que é vida, que gera vida, porque fala de amor, porque é Amor de Deus encarnado, e o Amor não morre, antes, vence o mal e a morte. Quem se deixa olhar por Jesus crucificado é re-criado, transforma-se uma “nova criatura”. Daqui parte tudo: é a experiência da Graça que transforma, o ser amado sem mérito, mesmo sendo pecadores. Por isto Francisco pode dizer, como São Paulo: “Quanto a mim, não pretendo, jamais, gloriar-me, a não ser na cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo” (Gal 6,14).
Nós nos dirigimos a ti, Francisco, e te pedimos: ensina-nos a permanecer diante do Crucifixo, a deixar-nos guiar por Ele, a deixar-nos perdoar, recriar pelo seu amor.
2. No Evangelho, escutamos estas palavras: “Vinde a mim, vós todos que estais aflitos sob o fardo, e eu vos aliviarei. Tomai meu jugo sobre vós e recebei minha doutrina, porque eu sou manso e humilde de coração” (Mt 11, 28-29).
Esta é a segunda coisa que Francisco nos testemunha: quem segue Jesus, recebe a verdadeira paz, aquela que só Ele, e não o mundo, pode nos dar. São Francisco é associado por muitos à paz, e é justo, mas poucos seguem em profundidade. Qual é a paz que Francisco acolheu e viveu e nos transmite? Aquela de Cristo, passada através do amor maior, aquela da Cruz. É a paz que Jesus Ressuscitado deu aos discípulos quando apareceu em meio a eles (cfr Jo 20, 19.20).
A paz franciscana não é um sentimento “piegas”. Por favor: este São Francisco não existe! E nem é uma espécie de harmonia panteísta com as energias do cosmo… Também isto não é franciscano! Também isto não é franciscano, mas é uma ideia que alguns construíram! A paz de São Francisco é aquela de Cristo, e a encontra quem “toma sobre si o seu jugo”, isso é, o seu mandamento: Amai-vos uns aos outros como eu vos amei (cfr Gv 13,34; 15,12). E este jugo não se pode levar com arrogância, com presunção, com soberba, mas somente se pode levar com mansidão e humildade de coração.
Dirigimo-nos a ti, Francisco, e te pedimos: ensina-nos a sermos “instrumentos da paz”, da paz que tem a sua origem em Deus, a paz que nos trouxe o Senhor Jesus.
3. Francisco inicia o Cântico assim: “Altíssimo, onipotente, bom Senhor… Louvado sejas, com todas as criaturas” (FF, 1820). O amor por toda a criação, pela sua harmonia! O Santo de Assis testemunha o respeito por tudo aquilo que Deus criou e como Ele o criou, sem experimentar sobre a criação para destruí-la; ajudá-la a crescer, a ser mais bela e mais similar àquilo que Deus criou. E, sobretudo, São Francisco testemunha o respeito por tudo, testemunha que o homem é chamado a proteger o homem, que o homem esteja no centro da criação, no lugar onde Deus – o Criador – o quis. Não instrumento dos ídolos que nós criamos! A harmonia e a paz! Francisco foi homem de harmonia, homem de paz. Desta Cidade da Paz, repito com a força e a mansidão do amor: respeitemos a criação, não sejamos instrumentos de destruição! Respeitemos cada ser humano: cessem os conflitos armados que ensanguentam a terra, silenciem-se as armas e então o ódio dê lugar ao amor, a ofensa ao perdão e a discórdia à união. Ouçamos o grito daqueles que choram, sofrem e morrem por causa da violência, do terrorismo ou da guerra, na Terra Santa, tão amada por São Francisco, na Síria, no Oriente Médio, em todo o mundo.
Dirigimo-nos a ti, Francisco, e te pedimos: alcançai-nos de Deus o dom que neste nosso mundo nos seja harmonia, paz e respeito pela Criação!
Não posso esquecer, enfim, que hoje a Itália celebra São Francisco como seu Patrono. Eu dou as felicitações a todos os italianos, na pessoa do Chefe do governo, aqui presente. Exprime-o também o tradicional gesto da oferta do óleo para a lâmpada votiva, que este ano é da Região da Umbria. Rezemos pela nação italiana, para que cada um trabalhe sempre pelo bem comum, olhando para aquilo que une mais do que para aquilo que divide.
Faço minha a oração de São Francisco por Assis, pela Itália, pelo mundo: “Peço-te então, ó Senhor Jesus Cristo, pai das misericórdias, de não querer olhar à nossa ingratidão, mas de recordar-te sempre da superabundante piedade que [nesta cidade] mostraste, a fim de que seja sempre o lugar e a casa daqueles que verdadeiramente te conhecem e glorificam o teu nome bendito e gloriosíssimo nos séculos dos séculos. Amém” (Espelho de perfeição, 124: FF, 1824).
HOMÍLIA PAPA FRANCISCO
Da Redação, com Rádio Vaticano
Papa Francisco celebrou a Missa nesta terça-feira, 1º, na Casa Santa com os purpurados do Conselho de Cardeais que se reúnem com o Papa no Vaticano de hoje, 1º até 3 de outubro. Na homilia, o Pontífice desejou que estas reuniões possam torná-los mais humildes e confiantes em Deus, a fim de que a Igreja possa dar um belo testemunho ao povo.
Francisco desenvolveu sua homilia a partir do Evangelho do dia, que narra a repreensão de Jesus aos apóstolos que queriam que descesse fogo do céu para aqueles que não O aceitassem. O caminho do cristão não é um caminho de vingança, mas sim de humildade e brandura. E a força que leva a estas atitudes é o amor.
“Propriamente no amor, na caridade, na consciência de que estamos nas mãos do Pai. Quando se sente isso, não vem o desejo de descer fogo do céu, vem outro espírito, aquele da caridade que tudo sofre, tudo perdoa, que não se vangloria, que é humilde, que não procura a si mesmo”.
O Papa recordou então o que já dizia o Papa Emérito Bento XVI, que a Igreja não cresce por proselitismo, mas sim por atração, por testemunho. E quando o povo vê este testemunho de humildade, tem a vontade de seguir adiante com Cristo, com a Igreja.
“É simples a caridade: adorar a Deus e servir aos outros! E este testemunho faz crescer a Igreja”, recordando o exemplo de humildade e caridade de Santa Teresa do Menino Jesus, celebrada pela Igreja hoje.
As reuniões que se iniciam hoje no Vaticano com o conselho de cardeais formado pelo Papa e os cardeais encarregados de ajudá-lo no governo da Igreja.
“Peçamos ao Senhor que o nosso trabalho de hoje nos faça todos mais humildes, mais brandos, mais pacientes, mais confiantes em Deus, para que a Igreja possa dar um belo testemunho ao povo que, vendo o Povo de Deus, vendo a Igreja, sinta a necessidade de vir conosco!”.
HOMÍLIA PAPA FRANCISCO
MISSA DA CASA SANTA MARTA
QUINTA-FEIRA, 03 DE OUTUBRO DE 2013
QUINTA-FEIRA, 03 DE OUTUBRO DE 2013
MISSA NÃO É EVENTO SOCIAL, MAS PRESENÇA DE DEUS.
MISSA COM OS CARDEAIS, MEMBROS DO CONSELHO DE CARDEAIS
MISSA COM OS CARDEAIS, MEMBROS DO CONSELHO DE CARDEAIS
A Santa Missa não é um evento social, mas a presença do Senhor. Não se pode transformar a memória da salvação em uma recordação, em um “evento habitual”.
O Povo de Deus tinha a memória da Lei, mas era uma memória distante. Naqueles dias, em vez disso, a memória se fez próxima e esse mesmo povo se emocionou porque tinha tido a experiência da proximidade da salvação. (NEEMIAS)
“E isso é importante não somente nos grandes momentos históricos, mas nos momentos da nossa vida: todos temos a memória da salvação, todos. (…) E quando a memória não está próxima, quando não temos esta experiência de proximidade da memória, esta entra em um processo de transformação, e a memória se transforma uma simples recordação”.
A memória da salvação se faz próxima, ela aquece o coração e dá alegria. Esse encontro com a memória é um evento de salvação, é um encontro com o amor de Deus. E quando Deus se aproxima, sempre há festa.
Os cristãos têm medo da festa; a vida os acaba levando a afastarem-se desta proximidade, mantendo somente uma lembrança da salvação, e não a memória viva.
“É triste, mas a Missa, muitas vezes, se transforma em um evento social e não ficamos próximos à memória da Igreja, que é a presença do Senhor diante de nós. (…) Peçamos ao Senhor a graça de ter sempre a Sua memória próxima a nós, uma memória próxima e não domesticada pelo hábito, por tantas coisas, e distante como uma simples recordação”.
HOMÍLIA PAPA FRANCISCO
VISITA PASTORAL A ASSIS
MISSA NA PRAÇA SÃO FRANCISCO DE ASSIS
QUINTA-FEIRA, 04 DE OUTUBRO DE 2013
QUINTA-FEIRA, 04 DE OUTUBRO DE 2013
" EU TE BENDIGO, PAI, SENHOR DO CÉU E DA TERRA, PORQUE ESCONDESTES ESTAS COISAS AOS SÁBIOS E ENTENDIDOS E AS REVELASTE AOS PEQUENOS"( MATEUS 11,25)
Boletim da Santa SéTradução: Jéssica Marçal
Paz e bem a todos! Com esta saudação franciscana agradeço-vos por terem vindo aqui, nesta praça, cheia de história e de fé, para rezarem juntos.
Hoje também eu, como tantos peregrinos, vim aqui para bendizer o Pai por tudo aquilo que quis revelar a cada um destes “pequenos” de que fala o Evangelho: Francisco, filho de um rico comerciante de Assis. O encontro com Jesus o levou a despojar-se de uma vida confortável e despreocupada para casar-se com a “Mãe Pobreza” e viver como verdadeiro filho do Pai que está nos céus. Esta escolha, por parte de São Francisco, representava um modo radical de imitar Cristo, de revestir-se Daquele que, rico que era, fez-se pobre para enriquecer-nos por meio da sua pobreza (cfr Cor 8, 9). Em toda a vida de Francisco, o amor pelos pobres e a imitação de Cristo pobre são dois elementos unidos de modo indissociável, as duas faces de uma mesma moeda.
O que testemunha São Francisco a nós, hoje? O que nos diz, não com as palavras – isto é fácil – mas com a vida?
1. A primeira coisa que nos diz, a realidade fundamental que nos testemunha é esta: ser cristãos é uma relação vital com a Pessoa de Jesus, é revestir-se Dele, é assimilação a Ele.
De onde parte o caminho de Francisco rumo a Cristo? Parte do olhar de Jesus na cruz. Deixar-se olhar por Ele no momento em que doa a vida por nós e nos atrai para Ele. Francisco fez esta experiência de modo particular na pequena Igreja de São Damião, rezando diante do crucifixo, que também eu pude venerar hoje. Naquele crucifixo, Jesus não aparece morto, mas vivo! O sangue escorre das feridas das mãos, dos pés e dos lados, mas aquele sangue exprime vida. Jesus não tem os olhos fechados, mas abertos, grandes: um olhar que fala ao coração. E o crucifixo não nos fala de derrota, de fracasso; paradoxalmente nos fala de uma morte que é vida, que gera vida, porque fala de amor, porque é Amor de Deus encarnado, e o Amor não morre, antes, vence o mal e a morte. Quem se deixa olhar por Jesus crucificado é re-criado, transforma-se uma “nova criatura”. Daqui parte tudo: é a experiência da Graça que transforma, o ser amado sem mérito, mesmo sendo pecadores. Por isto Francisco pode dizer, como São Paulo: “Quanto a mim, não pretendo, jamais, gloriar-me, a não ser na cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo” (Gal 6,14).
Nós nos dirigimos a ti, Francisco, e te pedimos: ensina-nos a permanecer diante do Crucifixo, a deixar-nos guiar por Ele, a deixar-nos perdoar, recriar pelo seu amor.
2. No Evangelho, escutamos estas palavras: “Vinde a mim, vós todos que estais aflitos sob o fardo, e eu vos aliviarei. Tomai meu jugo sobre vós e recebei minha doutrina, porque eu sou manso e humilde de coração” (Mt 11, 28-29).
Esta é a segunda coisa que Francisco nos testemunha: quem segue Jesus, recebe a verdadeira paz, aquela que só Ele, e não o mundo, pode nos dar. São Francisco é associado por muitos à paz, e é justo, mas poucos seguem em profundidade. Qual é a paz que Francisco acolheu e viveu e nos transmite? Aquela de Cristo, passada através do amor maior, aquela da Cruz. É a paz que Jesus Ressuscitado deu aos discípulos quando apareceu em meio a eles (cfr Jo 20, 19.20).
A paz franciscana não é um sentimento “piegas”. Por favor: este São Francisco não existe! E nem é uma espécie de harmonia panteísta com as energias do cosmo… Também isto não é franciscano! Também isto não é franciscano, mas é uma ideia que alguns construíram! A paz de São Francisco é aquela de Cristo, e a encontra quem “toma sobre si o seu jugo”, isso é, o seu mandamento: Amai-vos uns aos outros como eu vos amei (cfr Gv 13,34; 15,12). E este jugo não se pode levar com arrogância, com presunção, com soberba, mas somente se pode levar com mansidão e humildade de coração.
Dirigimo-nos a ti, Francisco, e te pedimos: ensina-nos a sermos “instrumentos da paz”, da paz que tem a sua origem em Deus, a paz que nos trouxe o Senhor Jesus.
3. Francisco inicia o Cântico assim: “Altíssimo, onipotente, bom Senhor… Louvado sejas, com todas as criaturas” (FF, 1820). O amor por toda a criação, pela sua harmonia! O Santo de Assis testemunha o respeito por tudo aquilo que Deus criou e como Ele o criou, sem experimentar sobre a criação para destruí-la; ajudá-la a crescer, a ser mais bela e mais similar àquilo que Deus criou. E, sobretudo, São Francisco testemunha o respeito por tudo, testemunha que o homem é chamado a proteger o homem, que o homem esteja no centro da criação, no lugar onde Deus – o Criador – o quis. Não instrumento dos ídolos que nós criamos! A harmonia e a paz! Francisco foi homem de harmonia, homem de paz. Desta Cidade da Paz, repito com a força e a mansidão do amor: respeitemos a criação, não sejamos instrumentos de destruição! Respeitemos cada ser humano: cessem os conflitos armados que ensanguentam a terra, silenciem-se as armas e então o ódio dê lugar ao amor, a ofensa ao perdão e a discórdia à união. Ouçamos o grito daqueles que choram, sofrem e morrem por causa da violência, do terrorismo ou da guerra, na Terra Santa, tão amada por São Francisco, na Síria, no Oriente Médio, em todo o mundo.
Dirigimo-nos a ti, Francisco, e te pedimos: alcançai-nos de Deus o dom que neste nosso mundo nos seja harmonia, paz e respeito pela Criação!
Não posso esquecer, enfim, que hoje a Itália celebra São Francisco como seu Patrono. Eu dou as felicitações a todos os italianos, na pessoa do Chefe do governo, aqui presente. Exprime-o também o tradicional gesto da oferta do óleo para a lâmpada votiva, que este ano é da Região da Umbria. Rezemos pela nação italiana, para que cada um trabalhe sempre pelo bem comum, olhando para aquilo que une mais do que para aquilo que divide.
Faço minha a oração de São Francisco por Assis, pela Itália, pelo mundo: “Peço-te então, ó Senhor Jesus Cristo, pai das misericórdias, de não querer olhar à nossa ingratidão, mas de recordar-te sempre da superabundante piedade que [nesta cidade] mostraste, a fim de que seja sempre o lugar e a casa daqueles que verdadeiramente te conhecem e glorificam o teu nome bendito e gloriosíssimo nos séculos dos séculos. Amém” (Espelho de perfeição, 124: FF, 1824).
HOMÍLIA PAPA FRANCISCO
MISSA DA CASA SANTA MARTA
SEGUNDA-FEIRA, 07 DE OUTUBRO DE 2013
PAPA EXORTA FIÉIS A ESCUTAREM A VOZ DE DEUS
SEGUNDA-FEIRA, 07 DE OUTUBRO DE 2013
PAPA EXORTA FIÉIS A ESCUTAREM A VOZ DE DEUS
“Jonas serviu o Senhor, rezou muito e fez o bem, mas quando o Senhor o chamou, ele fugiu. Ele tinha a sua história já escrita e não queria ser incomodado. O Senhor o enviou a Nínive e ele tomou um navio para a Espanha, fugindo do Senhor”.
Fugir de Deus é uma tentação cotidiana para não sentir sua proposta no coração e ignorar seu convite. O sacerdote que passava pela rua e viu um homem moribundo, jogado no chão. Para não chegar tarde à Missa, o padre continuou seu caminho, sem ouvir a voz de Deus que falava com ele ali.
O levita que também passou e ignorou o homem, temendo que este fosse morto e ele fosse obrigado a testemunhar diante do juiz. “Ele também fugiu da voz de Deus”, Somente teve a capacidade de entender a voz de Deus aquele que fugia constantemente dele: o pecador, o samaritano que mesmo afastado de Deus, ouviu a sua voz e se aproximou.
“O samaritano não era acostumado a práticas religiosas, à vida moral, mas, todavia, ele entendeu que Deus o chamava e não fugiu. Se aproximou, curou suas feridas com óleo e vinho, colocou o homem em seu cavalo, levou-o a seu albergue e cuidou dele. Perdeu toda a sua noite”.
Jonas, o sacerdote e o levita fugiram de Deus porque seus corações estavam fechados, não podiam ouvir sua voz. Ao contrário, um samaritano que passava ‘viu e teve compaixão’: tinha o coração aberto, era humano. Jonas queria escrever a própria história, bem como o sacerdote e o levita. Já o pecador deixou que Deus a escrevesse.
“Agora eu me pergunto e pergunto a vocês: nós deixamos que nossa vida seja escrita por Deus ou queremos nós escrevê-la? Somos dóceis à Palavra de Deus? Temos capacidade para encontrar a Palavra de Deus na história todos os dias, ou não deixamos que a surpresa do Senhor nos fale?”
Peço a todos possam ouvir a voz do Senhor, a Sua voz, que diz “Vá e faça assim!”.
HOMÍLIA PAPA FRANCISCO
MISSA DA CASA SANTA MARTA
TERÇA-FEIRA, 08 DE OUTUBRO DE 2013
REZAR COM O CORAÇÃO ABRE AS PORTAS A DEUS.
O PODER DA ORAÇÃO PODE FAZER MILAGRES, POIS NÃO É FRUTO DE UM GESTO MECÂNICO.
A PARTIR DE UM CORAÇÃO QUE SABE REZAR E SABE PERDOAR SE CONHECE UM CRISTÃO.
“ ‘Esta é a melhor parte’, porque Maria escutava o Senhor e rezava com seu coração. E o Senhor nos diz: ‘a primeira tarefa na vida é esta: a oração’. Mas não a oração de palavras, como os papagaios, mas a oração, o coração: olhar o Senhor, escutar o Senhor, pedir ao Senhor. Nós sabemos que a oração faz milagres”.
É um coração que sabe rezar sabe perdoar. E é a partir daí que se vê um bom cristão. Ele disse que a oração que é só uma fórmula, sem coração, bem como o pessimismo ou a vontade de uma justiça sem perdão são tentações, mas um cristão deve sempre escolher “a melhor parte”.
“Quando não rezamos, fechamos as portas ao Senhor para que Ele não possa fazer nada! Ao invés, diante de um problema, de uma situação difícil, de uma calamidade, a oração abre as portas ao Senhor para que Ele venha. Ele refaz as coisas, Ele sabe arranjar as coisas, colocá-las no lugar. Rezar é isso: abrir as portas ao Senhor. Se as fecharmos, Ele não pode fazer nada”.
Francisco concluiu a homilia exortando todos a pensarem em Maria, que escolheu a parte melhor e mostra o caminho para abrir as portas ao Senhor.
HOMÍLIA PAPA FRANCISCO
MISSA DA CASA SANTA MARTA
QUINTA-FEIRA, 10 DE OUTUBRO DE 2013
É PRECISO TER CORAGEM DE BATER À PORTA DE DEUS, REZANDO COM CONFIANÇA.
Da Redação, com Rádio Vaticano
É importante ser corajoso na oração, a fim de descobrir a verdadeira graça que nela é dada: o próprio Deus. No Evangelho do dia, em que Jesus destaca a necessidade de rezar com confiante insistência.
“Como nós rezamos? Rezamos assim, por hábito, piedosamente, mas tranquilos, ou nos colocamos com coragem diante do Senhor para pedir a graça, para pedir aquilo pelo qual rezamos? A coragem na oração: uma oração que não seja corajosa não é uma verdadeira oração. A coragem de ter confiança de que o Senhor nos ouça, a coragem de bater à porta … O Senhor diz: ‘Quem pede, recebe; quem procura, encontra; e quem bate, a porta se abre’. É preciso pedir, procurar e bater”.
Quando se reza corajosamente, o Senhor concede a graça, mas também Ele doa a si mesmo na graça. Jamais o Senhor concede ou envia uma graça “por correio”, mas Ele a concede, Ele é a graça.
O que se pede na verdade é o papel que embrulha a graça, porque a verdadeira graça é Deus, que vem para entregá-la. “A nossa oração, se for corajosa, recebe o que pedimos, mas também o que é mais importante: o Senhor”.
Nos Evangelhos vê-se que alguns recebem a graça e vão embora: dos dez leprosos curados por Jesus, somente um volta para agradecer-Lhe. O cego de Jericó encontra o Senhor na oração e louva a Deus. Mas é preciso rezar com a “coragem da fé”, pedindo também aquilo que a oração não ousa esperar, ou seja, o próprio Deus.
“Não façamos a desfeita de receber a graça e não reconhecer Quem a dá: o Senhor. Que o Senhor nos dê a graça de doar-se a si mesmo, sempre, em toda graça. E que nós O reconheçamos, e que O louvemos como aqueles doentes curados do Evangelho. Porque naquela graça, encontramos o Senhor”
HOMÍLIA PAPA FRANCISCO
MISSA DA CASA SANTA MARTA
QUINTA-FEIRA, 11 DE OUTUBRO DE 2013
NÃO SE PODE SEGUIR JESUS "PELA METADE".
TEMOS NECESSIDADE DE MANTER O CORAÇÃO VIGILANTE CONTRA OS PERIGOS DO MAL
Da Redação, com Rádio Vaticano
Temos a necessidade de vigiarmos para nos defendermos do demônio. Não se pode seguir a vitória de Jesus contra o mal “pela metade”, reiterando que não se deve confundir ou relativizar a verdade na luta contra o demônio.Refletindo sobre o Evangelho do dia, o Papa destacou que sempre há a tentação de querer desmerecer a figura de Jesus como se fosse no máximo um “curandeiro”, que não deve ser levado tão a sério. Este é um comportamento que chegou aos dias de hoje, segundo disse o Papa.
“Há alguns padres que quando leem este trecho do Evangelho, este e outros, dizem: ‘Mas, Jesus curou uma pessoa de doença psíquica’. Não leem isto aqui, né? É verdade que naquele tempo se podia confundir uma epilepsia com a possessão do demônio; mas também é verdade que havia o demônio! E nós não temos o direito de tornar as coisas tão simples, como dizer: ‘Todos estes não estavam possuídos; eram doentes mentais’. Não, a presença do demônio está na primeira página da Bíblia e a Bíblia termina também com a presença do demônio, com a vitória de Deus sobre o demônio”.
O Papa observou então que o Senhor dá alguns critérios para discernir a presença do mal e para seguir no caminho cristão quando há tentações. Um dos critérios é não seguir a vitória de Jesus sobre o mal somente “pela metade”. O outro é a necessidade de vigiar contra o mal.
“Não confundir a verdade. Jesus luta contra o diabo: primeiro critério. Segundo critério: quem não está com Jesus, está contra Jesus. Não há comportamentos pela metade. Terceiro critério: a vigilância sobre o nosso coração, porque o demônio é astuto. Nunca é expulso para sempre. Somente no último dia o será”.
RETRATO DO DISCÍPULO DE JESUS
PAPA FRANCISCO
“Diante dos problemas da vida, os cristãos não devem procurar atalhos, mas confiar sempre em Deus, o Senhor da vida”
“Um cristão sabe como aceitar os fatos".
Não devemos ter medo dos problemas, pois o próprio Jesus disse a seus discípulos: “Sou eu, não tenham medo. Sou eu, sempre. Com as dificuldades da vida, com os problemas, com as coisas novas que temos de lidar. O Senhor está presente. Podemos errar, realmente, mas Ele está sempre perto de nós e nos diz: você errou, retome o caminho certo”.
O fraudar a vida, o maquiar a vida não é um comportamento bom. “A vida é como é. É a realidade. É como Deus quer que seja ou como Deus permite que seja. Devemos aceitá-la e o Espírito do Senhor nos dará a solução para os problemas”.
HOMÍLIA PAPA FRANCISCO
MISSA DA CASA SANTA
SEGUNDA-FEIRA, 14 DE OUTUBRO DE 2013
PARA A SALVAÇÃO NÃO BASTAM OBRAS SEM AMOR MISERICORDIOSO É PRECISO COMBATER A SÍNDROME DE JONAS
Da Redação, com Rádio Vaticano
É preciso combater a “síndrome de Jonas” que leva à hipocrisia de pensar que para salvar-se bastam as obras. A “atitude de religiosidade perfeita”, que olha para a doutrina, mas não cuida da salvação do “povo pobre”.
A homilia do Papa concentrou-se no binômio “síndrome de Jonas” e “sinal de Jonas”. Ele observou que Jesus fala no Evangelho do dia da “geração má”, mas Ele não se refere ao povo que O seguia com amor, e sim aos “doutores da lei”, que procuravam testá-Lo e fazê-Lo cair em armadilhas.
Estas pessoas, de fato, segundo explicou o Papa, pediam sinais e Jesus respondeu que somente lhes seria dado o “sinal de Jonas”. Francisco explicou que Jonas tinha as coisas muito claras para si: “a doutrina é esta e se deve fazer isto, os pecadores que cuidem de si”. Segundo o Papa, Jesus chama de hipócrita quem vive assim, pois não querem a salvação dos pobres, dos pecadores.
“A ‘síndrome de Jonas’ não tem o zelo pela conversão do povo, procura uma santidade – permito-me a palavra – uma santidade de ‘tinturaria’, toda bela, toda bem feita, mas sem aquele zelo de ir pregar o Senhor”.
E diante desta geração doente pela “síndrome de Jonas”, Francisco lembrou que o Senhor promete o sinal de Jonas. “A outra versão, aquela de Mateus, diz: Jonas esteve dentro da baleia por três noites e três dias, referindo-se a Jesus no sepulcro – à sua morte e à sua Ressurreição – e aquele é o sinal que Jesus promete, contra a hipocrisia, contra esta atitude de religiosidade perfeita, contra esta atitude de um grupo de fariseus”.
O Papa citou outra parábola do Evangelho que fala muito bem deste aspecto: a do fariseu e do publicano que rezam no templo. O fariseu estava seguro de si mesmo, agradecendo por não ser como o publicano, que somente pedia a misericórdia de Deus, reconhecendo-se pecador. Eis, então, que o sinal que Jesus promete pelo seu perdão é a sua misericórdia: misericórdia, e não sacrifício.
“O sinal de Jonas, o verdadeiro, é aquele que nos dá a confiança de ser salvos pelo sangue de Cristo. Quantos cristãos, quantos há, pensam que serão salvos somente pelo que fazem, pelas suas obras. As obras são necessárias, mas são uma consequência, uma resposta ao amor misericordioso que nos salva. Mas as obras, sem este amor misericordioso, não servem. Em vez disso, a ‘síndrome de Jonas’ confia somente na sua justiça pessoal, nas suas obras”.
Ao final da homilia, o Papa reforçou que o sinal de Jonas é um chamado – seguir o Senhor – e para todo chamado há uma resposta. “Aproveitemos hoje desta liturgia para perguntarmos a nós mesmos e fazermos uma escolha: o que eu prefiro, a síndrome de Jonas ou o sinal de Jonas?”HOMÍLIA PAPA FRANCISCO
MISSA DA CASA SANTA
QUINTA-FEIRA, 17 DE OUTUBRO DE 2013
CRISTÃO IDEOLÓGICO É DOENÇA GRAVE,
POIS TRANSFORMAM A FÉ EM IDEOLOGIA
E ACABAREM FECHANDO AS PORTAS
QUE CONDUZEM A DEUS.
Da Redação, com Rádio Vaticano
Se um cristão se torna discípulo da ideologia, perdeu a fé. O Papa advertiu os cristãos para uma atitude de “chave no bolso e porta fechada” e reiterou que quando não se reza se abandona a fé e se cai na ideologia e no moralismo, pois a oração é a chave que abre a porta da fé.
“Hoje Jesus nos fala desta imagem de fechamento, é a imagem daqueles cristãos que têm em mãos as chaves, mas a levam embora, não abrem a porta. Antes, pior ainda, param na porta e não deixam entrar e assim fazendo nem eles entram. A falta de testemunho cristão faz isso”, observou o Pontífice.
Isso acontece quando a fé se transforma em ideologia. Jesus não está nas ideologias, que são sempre rígidas. E esta ideologia assusta, afasta as pessoas da Igreja. “É uma doença grave esta dos cristãos ideológicos”.
O que leva os cristãos a se tornarem assim, perdem a fé, é a falta de oração, pois a chave que abre a porta da fé é justamente a oração.
“Quem não reza é um soberbo, um orgulhoso, seguro de si mesmo. Não é humilde. Procura a própria promoção. Ao contrário, quando um cristão reza, não se afasta da fé, fala com Jesus”.
Há uma diferença entre rezar e dizer orações. Quando reza, o cristão fala com Deus de coração para coração. “Peçamos ao Senhor a graça, primeiro: não deixar de rezar, para não perder a fé, permanecer humildes. E assim não nos tornaremos fechados, que fecham o caminho para o Senhor”.
Há uma diferença entre rezar e dizer orações. Quando reza, o cristão fala com Deus de coração para coração.
HOMÍLIA PAPA FRANCISCO
MISSA DA CASA SANTA MARTA
SEXTA-FEIRA, 18 DE OUTUBRO DE 2013
NO FIM DA VIDA DE APÓSTOLO, DEUS NUNCA OS ABANDONA.
Da Redação, com Rádio Vaticano
O início da vida apostólica e o fim da vida do apóstolo Paulo. O Sumo Pontífice partiu das leituras do dia para concentrar-se nestes dois extremos da existência do cristão. No início da vida apostólica, os discípulos eram jovens e fortes e que os demônios se colocavam diante de suas pregações. Já a Primeira Leitura do Dia mostra São Paulo no fim de sua vida.
“O Apóstolo tem um início glorioso, entusiasmado com Deus, não é? Mas também não lhe foi poupada a decadência. E me faz bem pensar no fim do Apóstolo…Vem-me à mente três ícones: Moisés, João Batista e Paulo. Moisés é aquele que é chefe do Povo de Deus, corajoso, lutava contra os inimigos e também lutava com Deus para salvar o povo. Forte! E no fim está sozinho, no Monte Nebo, olhando a Terra Prometida, mas despojado de si para entrar lá. João Batista: nos últimos tempos, não lhe foram poupadas as angústias”.
João Batista teve que enfrentar uma angústia duvidosa que o atormentava e terminou sob o poder de um governante fraco, bêbado e corrupto, sob o poder da inveja de uma adúltera e dos caprichos de uma dançarina. E também o Apóstolo Paulo, na Primeira Leitura, fala daqueles que o abandonaram, mas diz que o Senhor sempre esteve próximo a ele.
“Este é o grande do Apóstolo que, com a sua vida, faz aquilo que João Batista dizia: ‘É necessário que Ele cresça e eu diminua’. O Apóstolo é aquele que dá a vida para que o Senhor cresça”.
E ao pensar no fim da vida do Apóstolo, o Papa recordou-se dos “santuários de apostolicidade e santidade”, que são as casas de repouso dos padres e das irmãs. “Bravos padres, bravas irmãs, envelhecidos, com o peso da solidão, esperando que o Senhor vá bater à porta do seu coração. Estes são verdadeiros santuários de apostolicidade e de santidade que temos na Igreja. Não nos esqueçamos deles, hein!”.
Francisco destacou, por fim, que estes padres e irmãs em casas de repouso esperam o Senhor um pouco como Paulo: um pouco tristes, mas com uma certa paz e alegria. “Fará bem a todos nós pensar nesta etapa da vida que é o fim do Apóstolo e rezar ao Senhor: ‘protege aqueles que estão neste momento de despojamento final, para dizer somente outra vez: sim, Senhor, quero segui-Te”.
HOMÍLIA PAPA FRANCISCO
MISSA DA CASA SANTA MARTA
SEGUNDA-FEIRA, 21 DE OUTUBRO DE 2013
O que leva os cristãos a se tornarem assim, perdem a fé, é a falta de oração, pois a chave que abre a porta da fé é justamente a oração.
“Quem não reza é um soberbo, um orgulhoso, seguro de si mesmo. Não é humilde. Procura a própria promoção. Ao contrário, quando um cristão reza, não se afasta da fé, fala com Jesus”.
Há uma diferença entre rezar e dizer orações. Quando reza, o cristão fala com Deus de coração para coração. “Peçamos ao Senhor a graça, primeiro: não deixar de rezar, para não perder a fé, permanecer humildes. E assim não nos tornaremos fechados, que fecham o caminho para o Senhor”.
Há uma diferença entre rezar e dizer orações. Quando reza, o cristão fala com Deus de coração para coração.
HOMÍLIA PAPA FRANCISCO
MISSA DA CASA SANTA MARTA
SEXTA-FEIRA, 18 DE OUTUBRO DE 2013
NO FIM DA VIDA DE APÓSTOLO, DEUS NUNCA OS ABANDONA.
Da Redação, com Rádio Vaticano
Santo Padre recordou os padres e irmãs no entardecer da vida, esperando que o Senhor “bata à porta de seus corações”A homilia do Papa Francisco centrou-se nas três figuras Moisés, João Batista e São Paulo. Os três nunca foram poupados da angústia, mas Deus nunca os abandonou. Pensando então em tantos padres e irmãs que vivem em casas de repouso, já no “entardecer da vida”, convidou os fiéis a visitá-los porque eles são verdadeiros “santuários de santidade e apostolicidade”.
O início da vida apostólica e o fim da vida do apóstolo Paulo. O Sumo Pontífice partiu das leituras do dia para concentrar-se nestes dois extremos da existência do cristão. No início da vida apostólica, os discípulos eram jovens e fortes e que os demônios se colocavam diante de suas pregações. Já a Primeira Leitura do Dia mostra São Paulo no fim de sua vida.
“O Apóstolo tem um início glorioso, entusiasmado com Deus, não é? Mas também não lhe foi poupada a decadência. E me faz bem pensar no fim do Apóstolo…Vem-me à mente três ícones: Moisés, João Batista e Paulo. Moisés é aquele que é chefe do Povo de Deus, corajoso, lutava contra os inimigos e também lutava com Deus para salvar o povo. Forte! E no fim está sozinho, no Monte Nebo, olhando a Terra Prometida, mas despojado de si para entrar lá. João Batista: nos últimos tempos, não lhe foram poupadas as angústias”.
João Batista teve que enfrentar uma angústia duvidosa que o atormentava e terminou sob o poder de um governante fraco, bêbado e corrupto, sob o poder da inveja de uma adúltera e dos caprichos de uma dançarina. E também o Apóstolo Paulo, na Primeira Leitura, fala daqueles que o abandonaram, mas diz que o Senhor sempre esteve próximo a ele.
“Este é o grande do Apóstolo que, com a sua vida, faz aquilo que João Batista dizia: ‘É necessário que Ele cresça e eu diminua’. O Apóstolo é aquele que dá a vida para que o Senhor cresça”.
E ao pensar no fim da vida do Apóstolo, o Papa recordou-se dos “santuários de apostolicidade e santidade”, que são as casas de repouso dos padres e das irmãs. “Bravos padres, bravas irmãs, envelhecidos, com o peso da solidão, esperando que o Senhor vá bater à porta do seu coração. Estes são verdadeiros santuários de apostolicidade e de santidade que temos na Igreja. Não nos esqueçamos deles, hein!”.
Francisco destacou, por fim, que estes padres e irmãs em casas de repouso esperam o Senhor um pouco como Paulo: um pouco tristes, mas com uma certa paz e alegria. “Fará bem a todos nós pensar nesta etapa da vida que é o fim do Apóstolo e rezar ao Senhor: ‘protege aqueles que estão neste momento de despojamento final, para dizer somente outra vez: sim, Senhor, quero segui-Te”.
HOMÍLIA PAPA FRANCISCO
MISSA DA CASA SANTA MARTA
SEGUNDA-FEIRA, 21 DE OUTUBRO DE 2013
Da Redação, com Rádio Vaticano
PAPA REFLETE SOBRE PROBLEMA DA GANÂNCIA E DEFENDE CAMINHO DA HUMILDADE E AJUDA AO PRÓXIMO.
Na Missa desta segunda-feira, 21, na Casa Santa Marta, o Papa Francisco falou da ganância. E destacou que o apego ao dinheiro destrói pessoas, famílias e as relações com os outros. O convite deixado pelo Santo Padre foi para utilizarmos as riquezas que Deus nos dá em benefício do próximo, ajudando quem tem necessidade.
UM qual um homem pede a Jesus que intervenha a fim de resolver uma questão de herança com seu irmão, o Pontífice refletiu sobre o problema da relação humana com o dinheiro. A primeira consequência do apego ao dinheiro, segundo Francisco, é a destruição de famílias.
“Quando uma pessoa é apegada ao dinheiro, destrói a si mesma, destrói a família! O dinheiro serve para nos trazer tantas coisas boas, tantos trabalhos para desenvolver a humanidade, mas quando o seu coração é assim apegado, isso o destrói”.
O Santo Padre recordou que Jesus conta a parábola do homem rico, que vive para acumular tesouros para si e não se enriquece junto a Deus. E ainda explicou que o alerta que Jesus nos faz é para nos distanciarmos de qualquer ganância.
“A ganância é um instrumento da idolatria, porque vai pelo caminho contrário que Deus fez conosco. São Paulo nos diz que Jesus Cristo, que era rico, fez-se pobre para nos enriquecer. Este é o caminho de Deus: a humildade, o rebaixar-se para servir”.
Por fim, Sua Santidade explicou que o caminho ensinado pelo Senhor não é o da pobreza pela pobreza em si, mas sim o da pobreza como instrumento, para que Deus seja Deus, o único Senhor. E também relembrou que todos os bens que temos nos foram dados por Deus para que façamos o mundo seguir adiante e ajudemos o próximo.
“Permaneça em nossos corações a Palavra do Senhor: ‘Tenham cuidado e se mantenham longe de toda ganância, porque mesmo se uma pessoa está na abundância, a sua vida não depende daquilo que ela possui’”, finalizou.
HOMÍLIA PAPA FRANCISCO
MISSA DA CASA SANTA MARTA
OS CAMINHOS QUE AJUDAM A ENTENDER
O MISTÉRIO DE DEUS.
PARA ENTENDER O MISTÉRIO DE DEUS
HÁ NECESSIDADE DE
TERÇA-FEIRA, 22 DE OUTUBRO DE 2013
CONTEMPLAÇÃO, PROXIMIDADE E
ABUNDÂNCIA
Da Redação, com Rádio Vaticano
Partindo da Primeira Leitura do dia, ele explicou que quando a Igreja quer dizer algo sobre o mistério de Deus usa somente uma palavra: “maravilhoso”. “Contemplar o mistério sobre nossa salvação, sobre nossa redenção, somente se entende de joelhos, na contemplação. Não somente com a inteligência. Quando a inteligência quer explicar um mistério sempre se torna louca!”.
A proximidade também ajuda a entrar no mistério de Deus. Deus está próximo ao homem, desde o primeiro momento até imergir-se na vida humana através de seu Filho Jesus.
“Pra mim, vem a imagem da enfermeira em um hospital: cura as nossas feridas uma a uma, mas com as suas mãos. Deus se envolve, coloca-se nas nossas misérias, aproxima-se das nossas chagas e as cura com as suas mãos (…) Deus não nos salva somente por um decreto, uma lei; salva-nos com ternura, com carícias, salva-nos com a sua vida, por nós”.
Quanto à terceira palavra – abundância – onde há abundância de pecado há superabundância de graça. Os homens têm os seus pecados, o “desafio” de Deus é vencer isto, curando as chagas, como fez Jesus.
“A graça de Deus sempre vence, porque é Ele mesmo que se doa, que se aproxima, que nos acaricia, que nos cura (…) Este mistério não é fácil de entender, não se entende bem somente com a inteligência. Somente, talvez nos ajudarão estas palavras: contemplação, proximidade e abundância”.
HOMÍLIA PAPA FRANCISCO
MISSA DA CASA SANTA MARTA
QUINTA-FEIRA, 24 DE OUTUBRO DE 2013
QUE OS CRISTÃOS LEVEM A SÉRIO A PRÓPRIA FÉ.
Francisco centrou sua homilia no antes e depois de
Jesus, lembrando que após Cristo todos são
chamados à santificação.
Da Redação, com Rádio Vaticano
Todos os batizados são chamados a prosseguir no caminho da santificação, uma atitude que deve ser levada a sério. Essas foram palavras do Papa Francisco em Missa celebrada na Casa Santa Marta nesta quinta-feira, 24. O Santo Padre afirmou que sempre na vida há o antes e o depois de Jesus, destacando que Cristo fez no homem uma “segunda criação” que se deve levar adiante com o modo de viver.
Antes e depois de Jesus. Francisco desenvolveu a homilia a partir da passagem da Carta aos Romanos centrada no mistério da redenção humana. Ele observou que o apóstolo Paulo procura explicar isso com a lógica do antes e depois de Cristo, sendo o antes uma “sujeira” enquanto o depois é uma “nova criação”.
“Fomos re-feitos em Cristo! Se antes toda a nossa vida, o nosso corpo, a nossa alma, os nossos hábitos estavam no caminho do pecado, da iniquidade, depois desta re-criação devemos fazer o esforço de caminhar na estrada da justiça, da santificação”.
O Papa recordou então o momento do batismo, em que os pais fazem um ato de fé em Jesus Cristo, uma fé que deve ser reassumida e levada adiante com o modo de vida. O Pontífice reconheceu que muitas vezes há o pecado e as imperfeições, mas o Sacramento da reconciliação pode curar essas feridas de forma que também elas sirvam para o caminho de santificação. “Depois de Cristo estamos no caminho da santificação, mas devemos levá-lo a sério”.
E para seguir nesse caminho com seriedade, o Santo Padre defendeu as obras de justiça, obras simples, como adorar a Deus e fazer o que Jesus aconselha: ajudar o próximo. “Sem esta consciência do antes e depois da qual nos fala Paulo, o nosso cristianismo não serve pra nada! E mais: vai pelo caminho da hipocrisia (…) Peçamos a São Paulo que nos dê a graça de viver como cristãos a sério, crer realmente que fomos santificados pelo sangue de Cristo”.
HOMÍLIA PAPA FRANCISCO
MISSA DA CASA SANTA MARTA
SEXTA-FEIRA, 25 DE OUTUBRO DE 2013
NÃO JUSTIFICAR-SE DIANTE DE DEUS,
MAS RECONHECER OS PRÓPRIOS PECADOS.
RECONHECER OS PECADOS DIANTE DE DEUS É UMA GRAÇA.
Da Redação, com Rádio Vaticano
A confissão dos pecados feita com humildade é o que a Igreja pede a todos nós.
O Pontífice centrou o seu discurso no sacramento da reconciliação (confissão), encorajando a todos a não esconder os próprios pecados, mas confessá-los com sinceridade.
A partir da Carta de São Paulo aos Romanos – liturgia de hoje – o Papa destaca a coragem do apóstolo em reconhecer publicamente que em sua carne “não habita o bem”, e por isso não faz o bem que gostaria, mas o mal. Francisco ressalta que isso acontece na vida de todo o cristão, e por esse motivo o sacramento da reconciliação é um grande auxílio.
“E esta é a luta dos cristãos. É a nossa luta de todos os dias. E nós nem sempre temos a coragem de falar como Paulo sobre essa luta. Sempre procuramos uma via de justificação. Mas sim, somos todos pecadores”, afirmou o Papa. Ele assegura que se não reconhecemos os nosso pecados, não poderemos alcançar o perdão de Deus.
“Alguns dizem: ‘Ah, eu me confesso com Deus’. Mas assim é fácil é como confessar-se por e-mail. Deus está longe e não há um face a face”, alertou o Papa ao falar sobre a indisposição que muitos católicos têm em procurar um confessor.
Por outro lado, destaca Francisco, alguns dizem confessar-se com facilidade, “mas ao falar de seus pecados o fazem de modo tão distante que seria melhor não ter se confessado”.
Francisco alerta que confessar-se não significa ir a uma consulta com um psiquiatra, e nem ir a uma sala de tortura, é simplesmente dizer ao Senhor: “eu sou pecador”. E a presença de um irmão (sacerdote), diz o Papa, é um modo de ser concreto na confissão.
“Os pequenos têm sabedoria. Quando uma criança se confessa, nunca diz uma coisa geral. ‘Padre, eu fiz isso, eu fiz aquilo à minha tia, para aquele eu disse essa palavra’, e dizem a palavra. São concretos, hein? Eles possuem aquela simplicidade da verdade”, ressalta o Papa. Segundo o Pontífice, os adultos tem a tendência de esconder sempre os próprios pecados.
Ao concluir a homilia, o Papa Francisco destacou que ter vergonha dos próprios pecados diante de Deus é uma graça. “Pensemos em Pedro quando, depois do milagre de Jesus no lago, disse: ‘Mas, Senhor, afasta-te de mim, eu sou pecador’. Ele se envergonha de seus pecados diante da santidade de Jesus Cristo”, explicou o Papa.
EXAME DE CONSCIÊNCIA
PREPARA-SE BEM PARA A CONFISSÃO.
Para você fazer uma boa confissão é preciso examinar a sua consciência,com a luz do Espírito Santo, com coragem, e nada a esconder do sacerdote, que ali representa o próprio Jesus.
1 :: Amo a Deus mais do que as coisas, as pessoas, os meus programas?
Ou será que eu tenho adorado deuses falsos, como o prazer do sexo, antes ou fora do casamento, o prazer da gula, o orgulho de aparecer, a vaidade de me exibir, de querer ser "o bom", etc.?
2 :: Eu tenho, contra a lei de Deus, buscado poder, conhecimento, riquezas, soluções para meus problemas em coisas proibidas, como: horóscopos, mapa astral, leitura de cartas, búzios, tarôs, pirâmides, cristas, espiritismo, macumba, candomblé, magia negra, invocação dos mortos, leitura das mãos, etc.? Tenho cultivado superstições? Figas, amuletos, duendes, gnomos e coisas parecidas? Procuro ouvir músicas que me influenciam provocando alienação, violência, desejo de sexo, rebeldia e depravação?
3 :: Eu rezo, confio em Deus, procuro a Igreja, participo da Santa Missa nos domingos? Eu me confesso? Comungo?
4 :: Eu leio os evangelhos, a Palavra viva de Jesus, ou será que Ele é um desconhecido para mim?
5 :: Eu respeito, amo e defendo Deus, Nossa Senhora, os Anjos, os Santos, as coisas sagradas, ou será que sou um blasfemador que age como um inimigo de Jesus?
6 :: Eu amo, honro, ajudo os meus pais, ou meus irmãos, a minha família? Ou será que eu sou "um problema a mais" dentro da minha casa? Eu faço os meus pais chorarem? Eu sou um filho que só sabe exigir e exigir? Eu minto e sou fingido com eles?
Vivo o mandamento: "Honrar pai e mãe"?
7 :: Como vai o meu namoro? Faço da minha garota um objeto de prazer para mim? Como um cigarro que eu fumo e jogo a "bita" fora? Ela (e) é uma "pessoa" com a qual quero conviver ou é apenas uma "coisa" para me dar prazer?
8 :: Eu vivo a vida sexual antes do casamento, fora do plano de Deus? Eu peco por pensamentos, palavras atos, quanto a esse assunto: Masturbação, revistas pornográficas, filmes, desfiles eróticos, roupas provocantes? Vivo o homossexualismo?
9 :: Eu respeito meu corpo e a minha saúde que são dons de Deus? Ou será que eu destruo o meu corpo, que é o templo do Espírito Santo, com a prostituição, com as drogas, as aventuras de alto risco, brigas, violências, provocações, etc.?
10 :: Sou honesto? Ou será que tapeio os outros? Engano meus pais? Pego dinheiro escondido deles? Será que eu roubei algo de alguém, mesmo que seja algo sem muito valor? Já devolvi?
11 :: Fiz mal para alguém? Feri alguém por palavras, pensamentos, atitudes, tapas, com armas? Neguei o meu perdão a alguém? Desejei vingança?Tenho ódio de alguém?
12 :: Eu falo mal dos outros? Vivo fofocando, destruindo a honra e o bom nome das pessoas? Sou caluniador e mexeriqueiro? Vivo julgando e condenando aos outros? Sou compassivo, paciente, manso? Sei perdoar, como Jesus manda?
13 :: Sou humilde, simples, prestativo, amigo de verdade?
14 :: Vivo a caridade, sei sofrer para ajudar a quem precisa de mim?
Partilho o que tenho com os irmãos ou sou egoísta?
15 :: Sou desapegado das coisas materiais, do dinheiro?
16 :: Sou guloso, vivo só para comer, ou como para viver?
17 :: Eu bebo sem controle? Deixo que o álcool destrua minha vida e desgrace a minha família?
18 :: Sou preguiçoso? Não trabalho direito? Deixo todas as minhas coisas jogadas e mal-arrumadas, se estragando?
19 :: Sinto raiva de alguém é não perdôo o mal que me fizeram? Desejo vingança contra alguém? Sou maldoso?
20:: Sou invejoso? Ciumento? Vivo desejando o mal para os outros?
Trecho do livro: Jovem, levanta-te
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Felipe Aquino
felipeaquino@cancaonova.com
Para você fazer uma boa confissão é preciso examinar a sua consciência,com a luz do Espírito Santo, com coragem, e nada a esconder do sacerdote, que ali representa o próprio Jesus.
1 :: Amo a Deus mais do que as coisas, as pessoas, os meus programas?
Ou será que eu tenho adorado deuses falsos, como o prazer do sexo, antes ou fora do casamento, o prazer da gula, o orgulho de aparecer, a vaidade de me exibir, de querer ser "o bom", etc.?
2 :: Eu tenho, contra a lei de Deus, buscado poder, conhecimento, riquezas, soluções para meus problemas em coisas proibidas, como: horóscopos, mapa astral, leitura de cartas, búzios, tarôs, pirâmides, cristas, espiritismo, macumba, candomblé, magia negra, invocação dos mortos, leitura das mãos, etc.? Tenho cultivado superstições? Figas, amuletos, duendes, gnomos e coisas parecidas? Procuro ouvir músicas que me influenciam provocando alienação, violência, desejo de sexo, rebeldia e depravação?
3 :: Eu rezo, confio em Deus, procuro a Igreja, participo da Santa Missa nos domingos? Eu me confesso? Comungo?
4 :: Eu leio os evangelhos, a Palavra viva de Jesus, ou será que Ele é um desconhecido para mim?
5 :: Eu respeito, amo e defendo Deus, Nossa Senhora, os Anjos, os Santos, as coisas sagradas, ou será que sou um blasfemador que age como um inimigo de Jesus?
6 :: Eu amo, honro, ajudo os meus pais, ou meus irmãos, a minha família? Ou será que eu sou "um problema a mais" dentro da minha casa? Eu faço os meus pais chorarem? Eu sou um filho que só sabe exigir e exigir? Eu minto e sou fingido com eles?
Vivo o mandamento: "Honrar pai e mãe"?
7 :: Como vai o meu namoro? Faço da minha garota um objeto de prazer para mim? Como um cigarro que eu fumo e jogo a "bita" fora? Ela (e) é uma "pessoa" com a qual quero conviver ou é apenas uma "coisa" para me dar prazer?
8 :: Eu vivo a vida sexual antes do casamento, fora do plano de Deus? Eu peco por pensamentos, palavras atos, quanto a esse assunto: Masturbação, revistas pornográficas, filmes, desfiles eróticos, roupas provocantes? Vivo o homossexualismo?
9 :: Eu respeito meu corpo e a minha saúde que são dons de Deus? Ou será que eu destruo o meu corpo, que é o templo do Espírito Santo, com a prostituição, com as drogas, as aventuras de alto risco, brigas, violências, provocações, etc.?
10 :: Sou honesto? Ou será que tapeio os outros? Engano meus pais? Pego dinheiro escondido deles? Será que eu roubei algo de alguém, mesmo que seja algo sem muito valor? Já devolvi?
11 :: Fiz mal para alguém? Feri alguém por palavras, pensamentos, atitudes, tapas, com armas? Neguei o meu perdão a alguém? Desejei vingança?Tenho ódio de alguém?
12 :: Eu falo mal dos outros? Vivo fofocando, destruindo a honra e o bom nome das pessoas? Sou caluniador e mexeriqueiro? Vivo julgando e condenando aos outros? Sou compassivo, paciente, manso? Sei perdoar, como Jesus manda?
13 :: Sou humilde, simples, prestativo, amigo de verdade?
14 :: Vivo a caridade, sei sofrer para ajudar a quem precisa de mim?
Partilho o que tenho com os irmãos ou sou egoísta?
15 :: Sou desapegado das coisas materiais, do dinheiro?
16 :: Sou guloso, vivo só para comer, ou como para viver?
17 :: Eu bebo sem controle? Deixo que o álcool destrua minha vida e desgrace a minha família?
18 :: Sou preguiçoso? Não trabalho direito? Deixo todas as minhas coisas jogadas e mal-arrumadas, se estragando?
19 :: Sinto raiva de alguém é não perdôo o mal que me fizeram? Desejo vingança contra alguém? Sou maldoso?
20:: Sou invejoso? Ciumento? Vivo desejando o mal para os outros?
Trecho do livro: Jovem, levanta-te
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Felipe Aquino
felipeaquino@cancaonova.com
HOMÍLIA PAPA FRANCISCO
MISSA PELA JORNADA DAS FAMÍLIAS
DOMINGO, 27 DE OUTUBRO DE 2013
PRAÇA SÃO PEDRO - VATICANO
AS CARACTERÍSTICAS FUNDAMENTAIS
DA FAMÍLIA CRISTÃ.
Boletim da Santa Sé
Tradução: Jéssica Marçal
As leituras deste domingo nos convidam a meditar sobre algumas características fundamentais da família cristã.
1. A primeira: a família que reza. O trecho do Evangelho coloca em evidência dois modos de rezar, um falso – aquele do fariseu – e outro autêntico – aquele do publicano. O fariseu encarna uma atitude que não exprime a gratidão a Deus pelos seus benefícios e a sua misericórdia, mas sim satisfação de si. O fariseu se sente justo, se sente no lugar, se apoia nisso e julga os outros do alto de seu pedestal. O publicano, ao contrário, não multiplica as palavras. A sua oração é humilde, sóbria, permeada pela consciência de sua própria indignidade, das próprias misérias: este é um homem que realmente se reconhece necessitado do perdão de Deus, da misericórdia de Deus. A oração do publicano é a oração do pobre, é a oração que agrada a Deus, que, como diz a primeira Leitura “chega às nuvens” (Eclo 35, 20), enquanto a do fariseu é sobrecarregada pelo peso da vaidade.
À luz desta Palavra, gostaria de perguntar a vocês, queridas famílias: rezam alguma vez em família? Alguns sim, eu sei. Mas tantos me dizem: como se faz? Mas, se faz como o publicano, é claro: humildemente, diante de Deus. Cada um com humildade se deixa olhar pelo Senhor e pede a sua bondade, que venha a nós. Mas, em família, como se faz? Porque parece que a oração seja algo pessoal e então não há nunca um momento adequado, tranquilo, em família… Sim, é verdade, mas é também questão de humildade, de reconhecer que temos necessidade de Deus, como o publicano! E todas as famílias têm necessidade de Deus: todos, todos! Necessidade da sua ajuda, da sua força, da sua benção, da sua misericórdia, do seu perdão. E é necessário simplicidade: para rezar em família, é necessário simplicidade! Rezar junto o “Pai Nosso”, em torno da mesa, não é algo extraordinário: é algo fácil. E rezar junto o Rosário, em família, é muito bonito, dá tanta força! E também rezar um pelo outro: o marido pela esposa, a esposa pelo marido, ambos pelos filhos, os filhos pelos pais, pelos avós… Rezar um pelo outro. Isto é rezar em família, e isto torna forte a família: a oração.
2. A Segunda Leitura nos sugere um outro ponto: a família conserva a fé.O apóstolo Paulo, no fim de sua vida, faz um balanço fundamental e diz: “Conservei a fé” (2 Tm 4, 7). Mas como a conservou? Não em um cofre! Não a escondeu sob a terra, como aquele servo um pouco preguiçoso. São Paulo compara a sua vida a uma batalha e a uma corrida. Conservou a fé porque não se limitou a defendê-la, mas a anunciou, irradiou-a, levou-a longe. Colocou-se do lado oposto a quem queria conservar, “embalsamar” a mensagem de Cristo nos confins da Palestina. Por isto fez escolhas corajosas, foi a territórios hostis, deixou-se provocar pelos distantes, por culturas diversas, falou francamente sem medo. São Paulo conservou a fé porque, como a havia recebido, doou-a, indo às periferias sem se apegar a posições defensivas.
Também aqui, podemos perguntar: de que modo nós, em família, conservamos a nossa fé? Nós a temos para nós, na nossa família, como um bem privado, como uma conta no banco, ou sabemos partilhá-la com o testemunho, com o acolhimento, com a abertura aos outros? Todos sabemos que as famílias, especialmente as mais jovens, muitas vezes são “apressadas”, muito ocupadas: mas alguma vez já pensaram que esta “corrida” pode ser também a corrida da fé? As famílias cristãs são famílias missionárias. Mas, ontem ouvimos, aqui na Praça, o testemunho de famílias missionárias. São missionárias também na vida de todos os dias, fazendo as coisas de todos os dias, colocando em tudo o sal e o fermento da fé! Conservar a fé na família e colocar o sal e o fermento da fé nas coisas do cotidiano.
3. Um último aspecto recebemos da Palavra de Deus: a família que vive a alegria. No Salmo responsorial encontra-se esta expressão: “os pobres escutem e se alegrem” (33/34, 3). Todo este Salmo é um hino ao Senhor, origem de alegria e de paz. E qual é o motivo deste alegrar-se? É este: o Senhor está próximo, escuta o grito dos humildes e os livra do mal. Escrevia ainda São Paulo: “Alegrai-vos sempre…o Senhor está próximo” (Fil 4, 4-5). É…eu gostaria de fazer uma pergunta hoje. Mas, cada um leve-a ao seu coração, a sua casa, como uma tarefa a fazer, certo? E se responda sozinho. Como está a alegria na sua casa? Como está a alegria na sua família? E dêem vocês a resposta.
Queridas famílias, vocês sabem bem: a verdadeira alegria que se desfruta na família não é algo superficial, não vem das coisas, das circunstâncias favoráveis…A alegria verdadeira vem da harmonia profunda entre as pessoas, que todos sentem no coração, e que nos faz sentir a beleza de estar junto, de apoiar-nos uns aos outros no caminho da vida. Mas na base deste sentimento de alegria profunda está a presença de Deus, a presença de Deus na família, está o seu amor acolhedor, misericordioso, respeitoso para com todos. E, sobretudo, um amor paciente: a paciência é uma virtude de Deus e nos ensina, em família, a ter este amor paciente, um com o outro. Ter paciência entre nós. Amor paciente. Somente Deus sabe criar harmonia das diferenças. Se falta o amor de Deus, também a família perde a harmonia, prevalecem os individualismos e se extingue a alegria. Em vez disso, a família que vive a alegria da fé a comunica espontaneamente, é sal da terra e luz do mundo, é fermento para toda a sociedade.
Queridas famílias, vivam sempre com fé e simplicidade, como a Sagrada Família de Nazaré. A alegria e a paz do Senhor estejam sempre com vocês!
HOMÍLIA PAPA FRANCISCO
MISSA DA CASA SANTA MARTA
SEGUNDA-FEIRA, 28 DE OUTUBRO DE 2013
JESUS REZA POR NÓS MOSTRANDO AS SUAS
Boletim da Santa Sé
Tradução: Jéssica Marçal
As leituras deste domingo nos convidam a meditar sobre algumas características fundamentais da família cristã.
1. A primeira: a família que reza. O trecho do Evangelho coloca em evidência dois modos de rezar, um falso – aquele do fariseu – e outro autêntico – aquele do publicano. O fariseu encarna uma atitude que não exprime a gratidão a Deus pelos seus benefícios e a sua misericórdia, mas sim satisfação de si. O fariseu se sente justo, se sente no lugar, se apoia nisso e julga os outros do alto de seu pedestal. O publicano, ao contrário, não multiplica as palavras. A sua oração é humilde, sóbria, permeada pela consciência de sua própria indignidade, das próprias misérias: este é um homem que realmente se reconhece necessitado do perdão de Deus, da misericórdia de Deus. A oração do publicano é a oração do pobre, é a oração que agrada a Deus, que, como diz a primeira Leitura “chega às nuvens” (Eclo 35, 20), enquanto a do fariseu é sobrecarregada pelo peso da vaidade.
À luz desta Palavra, gostaria de perguntar a vocês, queridas famílias: rezam alguma vez em família? Alguns sim, eu sei. Mas tantos me dizem: como se faz? Mas, se faz como o publicano, é claro: humildemente, diante de Deus. Cada um com humildade se deixa olhar pelo Senhor e pede a sua bondade, que venha a nós. Mas, em família, como se faz? Porque parece que a oração seja algo pessoal e então não há nunca um momento adequado, tranquilo, em família… Sim, é verdade, mas é também questão de humildade, de reconhecer que temos necessidade de Deus, como o publicano! E todas as famílias têm necessidade de Deus: todos, todos! Necessidade da sua ajuda, da sua força, da sua benção, da sua misericórdia, do seu perdão. E é necessário simplicidade: para rezar em família, é necessário simplicidade! Rezar junto o “Pai Nosso”, em torno da mesa, não é algo extraordinário: é algo fácil. E rezar junto o Rosário, em família, é muito bonito, dá tanta força! E também rezar um pelo outro: o marido pela esposa, a esposa pelo marido, ambos pelos filhos, os filhos pelos pais, pelos avós… Rezar um pelo outro. Isto é rezar em família, e isto torna forte a família: a oração.
2. A Segunda Leitura nos sugere um outro ponto: a família conserva a fé.O apóstolo Paulo, no fim de sua vida, faz um balanço fundamental e diz: “Conservei a fé” (2 Tm 4, 7). Mas como a conservou? Não em um cofre! Não a escondeu sob a terra, como aquele servo um pouco preguiçoso. São Paulo compara a sua vida a uma batalha e a uma corrida. Conservou a fé porque não se limitou a defendê-la, mas a anunciou, irradiou-a, levou-a longe. Colocou-se do lado oposto a quem queria conservar, “embalsamar” a mensagem de Cristo nos confins da Palestina. Por isto fez escolhas corajosas, foi a territórios hostis, deixou-se provocar pelos distantes, por culturas diversas, falou francamente sem medo. São Paulo conservou a fé porque, como a havia recebido, doou-a, indo às periferias sem se apegar a posições defensivas.
Também aqui, podemos perguntar: de que modo nós, em família, conservamos a nossa fé? Nós a temos para nós, na nossa família, como um bem privado, como uma conta no banco, ou sabemos partilhá-la com o testemunho, com o acolhimento, com a abertura aos outros? Todos sabemos que as famílias, especialmente as mais jovens, muitas vezes são “apressadas”, muito ocupadas: mas alguma vez já pensaram que esta “corrida” pode ser também a corrida da fé? As famílias cristãs são famílias missionárias. Mas, ontem ouvimos, aqui na Praça, o testemunho de famílias missionárias. São missionárias também na vida de todos os dias, fazendo as coisas de todos os dias, colocando em tudo o sal e o fermento da fé! Conservar a fé na família e colocar o sal e o fermento da fé nas coisas do cotidiano.
3. Um último aspecto recebemos da Palavra de Deus: a família que vive a alegria. No Salmo responsorial encontra-se esta expressão: “os pobres escutem e se alegrem” (33/34, 3). Todo este Salmo é um hino ao Senhor, origem de alegria e de paz. E qual é o motivo deste alegrar-se? É este: o Senhor está próximo, escuta o grito dos humildes e os livra do mal. Escrevia ainda São Paulo: “Alegrai-vos sempre…o Senhor está próximo” (Fil 4, 4-5). É…eu gostaria de fazer uma pergunta hoje. Mas, cada um leve-a ao seu coração, a sua casa, como uma tarefa a fazer, certo? E se responda sozinho. Como está a alegria na sua casa? Como está a alegria na sua família? E dêem vocês a resposta.
Queridas famílias, vocês sabem bem: a verdadeira alegria que se desfruta na família não é algo superficial, não vem das coisas, das circunstâncias favoráveis…A alegria verdadeira vem da harmonia profunda entre as pessoas, que todos sentem no coração, e que nos faz sentir a beleza de estar junto, de apoiar-nos uns aos outros no caminho da vida. Mas na base deste sentimento de alegria profunda está a presença de Deus, a presença de Deus na família, está o seu amor acolhedor, misericordioso, respeitoso para com todos. E, sobretudo, um amor paciente: a paciência é uma virtude de Deus e nos ensina, em família, a ter este amor paciente, um com o outro. Ter paciência entre nós. Amor paciente. Somente Deus sabe criar harmonia das diferenças. Se falta o amor de Deus, também a família perde a harmonia, prevalecem os individualismos e se extingue a alegria. Em vez disso, a família que vive a alegria da fé a comunica espontaneamente, é sal da terra e luz do mundo, é fermento para toda a sociedade.
Queridas famílias, vivam sempre com fé e simplicidade, como a Sagrada Família de Nazaré. A alegria e a paz do Senhor estejam sempre com vocês!
HOMÍLIA PAPA FRANCISCO
MISSA DA CASA SANTA MARTA
SEGUNDA-FEIRA, 28 DE OUTUBRO DE 2013
JESUS REZA POR NÓS MOSTRANDO AS SUAS
CHAGAS: O PREÇO DA SALVAÇÃO DA
HUMANIDADE.
Boletim da Santa Sé
Tradução: Jéssica Marçal
Jesus continua a rezar e a interceder pelo homem, mostrando ao Pai o preço da salvação da humanidade: suas chagas.
No centro da homilia, esteve o trecho do Evangelho no qual Jesus passa a noite rezando ao Pai antes de escolher os doze apóstolos. Cristo “montou seu time”, disse o Papa, e logo depois foi cercado por uma grande multidão que foi escutá-Lo e ser guiada por Ele.
Francisco observou que essas são as três relações de Jesus: com o Pai, com os apóstolos e com o povo. Naquela época, Jesus já rezava ao Pai pelos apóstolos e pelo povo, o que faz também hoje. “É o intercessor, aquele que reza a Deus conosco e diante de nós. Jesus nos salvou, fez esta grande oração, o seu sacrifício, a sua vida, para salvar-nos”, disse.
O Santo Padre lembrou que Jesus se foi e agora reza por todos, mas não é um espírito, e sim uma pessoa como o homem, mas em glória. Jesus tem as chagas em suas mãos, o preço da salvação de todos, e as mostra ao Pai quando reza pela humanidade, como se dissesse: “Pai, que isso não se perca”.
“Ele reza por mim, Ele reza por todos e reza corajosamente porque faz ver ao Pai o preço da nossa justiça: as suas chagas. Pensemos muito nisto e agradeçamos ao Senhor. Agradeçamos por termos um irmão que reza conosco, reza por nós e intercede por nós”.
E na conclusão da homilia, Francisco convidou todos a falarem com Jesus, reconhecendo-O como intercessor e pedindo sua oração por cada um. “E confiar os nossos problemas, a nossa vida, tantas coisas a Ele, para que Ele as leve ao Pai”.
HOMÍLIA PAPA FRANCISCO
TERÇA-FEIRA, 29 DE OUTUBRO DE 2013
Boletim da Santa Sé
Tradução: Jéssica Marçal
Jesus continua a rezar e a interceder pelo homem, mostrando ao Pai o preço da salvação da humanidade: suas chagas.
No centro da homilia, esteve o trecho do Evangelho no qual Jesus passa a noite rezando ao Pai antes de escolher os doze apóstolos. Cristo “montou seu time”, disse o Papa, e logo depois foi cercado por uma grande multidão que foi escutá-Lo e ser guiada por Ele.
Francisco observou que essas são as três relações de Jesus: com o Pai, com os apóstolos e com o povo. Naquela época, Jesus já rezava ao Pai pelos apóstolos e pelo povo, o que faz também hoje. “É o intercessor, aquele que reza a Deus conosco e diante de nós. Jesus nos salvou, fez esta grande oração, o seu sacrifício, a sua vida, para salvar-nos”, disse.
O Santo Padre lembrou que Jesus se foi e agora reza por todos, mas não é um espírito, e sim uma pessoa como o homem, mas em glória. Jesus tem as chagas em suas mãos, o preço da salvação de todos, e as mostra ao Pai quando reza pela humanidade, como se dissesse: “Pai, que isso não se perca”.
“Ele reza por mim, Ele reza por todos e reza corajosamente porque faz ver ao Pai o preço da nossa justiça: as suas chagas. Pensemos muito nisto e agradeçamos ao Senhor. Agradeçamos por termos um irmão que reza conosco, reza por nós e intercede por nós”.
E na conclusão da homilia, Francisco convidou todos a falarem com Jesus, reconhecendo-O como intercessor e pedindo sua oração por cada um. “E confiar os nossos problemas, a nossa vida, tantas coisas a Ele, para que Ele as leve ao Pai”.
HOMÍLIA PAPA FRANCISCO
TERÇA-FEIRA, 29 DE OUTUBRO DE 2013
A ESPERANÇA É A CAPACIDADE DE OLHAR
COM ÂNIMO E SEGUIR ADIANTE.
A ESPERANÇA CRISTÃ NÃO É OTIMISMO,
MAS VAI ALÉM.
MISSA NA CASA SANTA MARTA
Boletim da Santa Sé
Tradução: Jéssica Marçal
Papa fala da esperança cristã e pede fiéis longe do comodismo
re lembrou que esperança cristã não é otimismo, mas vai além disso
A ESPERANÇA É A CAPACIDADE DE OLHAR COM ÂNIMO E SEGUIR ADIANTE.
A esperança cristã não é otimismo, mas uma ardente expectativa pela revelação do Filho de Deus, os cristãos devem se proteger de clericalismos e atitudes cômodas. Isso porque a esperança cristã é dinâmica e doa vida.
Francisco partiu das palavras de São Paulo na Primeira Leitura do dia para destacar a dimensão única da esperança cristã. Ele explicou que a esperança é segura, mas nem sempre é fácil entendê-la, o que pode fazer a pessoa confundir esperança com otimismo.
“A esperança não é um otimismo, não é aquela capacidade de olhar as coisas com bom ânimo e seguir adiante. Não, isso é otimismo, não esperança (…) Podemos dizer que a esperança é uma virtude, como diz São Paulo, ‘de uma ardente expectativa pela revelação do Filho de Deus’. Não é uma ‘ilusão’”.
Nesse sentido ter esperança é justamente essa atitude de tensão para com a revelação, sendo mais que um otimismo. Os primeiros cristãos, esperança é uma âncora fixa na margem. E hoje o caminho é justamente caminhar para esta âncora.
“A mim vem a pergunta: onde estamos ancorados, cada um de nós? Estamos ancorados às margens daquele oceano distante ou em uma lagoa artificial que nós fizemos, com as nossas regras, os nossos comportamentos, os nossos horários, os nossos clericalismos, as nossas atitudes eclesiais? Estamos ancorados ali, tudo cômodo, seguro? Isto não é esperança”, disse.
Outro ícone que São Paulo dá à esperança é o do parto. Trata-se de uma espera dinâmica, que dá a vida. E embora não se veja a premissa do Espírito Santo, sabe-se que Ele trabalha, como um grão de mostarda, mas cheio de vida. Francisco diferenciou então o viver na esperança do viver como bons cristãos, apenas, e citou o exemplo de Maria.
“Penso em Maria, uma moça jovem, quando, depois que ela sentiu que era mãe mudou o seu comportamento e foi, ajudou e cantou aquele cântico de louvor. Quando uma mãe está grávida é mulher, mas não é nunca (somente) mulher: é mãe. E a esperança tem algo disto. Muda o nosso comportamento: somos nós, mas não somos nós; somos nós, mas procurando lá, ancorados lá”.
Ao final da homilia, o Sumo Pontífice dirigiu-se a um grupo de sacerdotes mexicanos que estavam presentes na Missa em ocasião dos 25 anos de ordenação. “Peçam a Maria, Mãe da Esperança, que os vossos anos sejam de esperança, de viver como padres de esperança, doando esperança”.
HOMÍLIA PAPA FRANCISCOQUINTA-FEIRA, 29 DE OUTUBRO DE 2013
NÃO SE PODE SER CRISTÃO SEM O AMOR DE CRISTO.
MISSA NA PRAÇA DE SÃO PEDRO
Boletim da Santa Sé
Tradução: Jéssica Marçal
Boletim da Santa Sé
Tradução: Jéssica Marçal
Nestas leituras há duas coisas que nos atingem. Primeiro, a segurança de Paulo: “Ninguém pode afastar-me do amor de Cristo”. Mas tanto amava o Senhor, porque o tinha visto, havia encontrado-o, o Senhor havia mudado a sua vida. Tanto amava-O que dizia que nada poderia afastá-lo Dele. Propriamente este amor do Senhor era o centro, justamente o centro da vida de Paulo. Nas perseguições, nas doenças, nas traições, mas, tudo aquilo que ele viveu, todas as coisas que lhe aconteceram em sua vida, nada disso pôde afastá-lo do amor de Cristo. Era o centro da sua vida, a referência: o amor de Cristo. E sem o amor de Cristo, sem viver deste amor, reconhecê-lo, nutrir-nos deste amor, não se pode ser cristão: o cristão, aquele que se sente olhado pelo Senhor, com aquele olhar tão belo, amado pelo Senhor e amado até o fim. Sente… O cristão sente que a sua vida foi salva pelo sangue de Cristo. E isto faz o amor: esta relação de amor. Isto foi a primeira coisa que me tocou tanto.
A outra coisa que me atinge é esta tristeza de Jesus, quando olha Jerusalém. “Mas tu, Jerusalém, que não entendeu o amor”. Não entendeu a ternura de Deus, com aquela imagem tão bela, que diz Jesus. Não entender o amor de Deus: o contrário daquilo que sentia Paulo.
Mas, sim, Deus me ama, Deus nos ama, mas é algo abstrato, é algo que não me toca o coração e eu me arranjo na vida como posso. Não há fidelidade ali. E o choro do coração de Jesus para Jerusalém é este: ‘Jerusalém, tu não és fiel; tu não te deixaste amar; e tu te confiaste a tantos ídolos, que te prometiam tudo, te diziam dar-te tudo, depois te abandonaram’. O coração de Jesus, o sofrimento do amor de Jesus: um amor não aceito, não recebido.
Estes dois ícones hoje: o de Paulo, que permanece fiel até o fim ao amor de Jesus, de lá encontra a força para seguir adiante, para suportar tudo. Ele se sente frágil, sente-se pecador, mas tem a força naquele amor de Deus, naquele encontro que teve com Jesus Cristo. Por outro lado, a cidade e o povo infiel, não fiel, que não aceita o amor de Jesus, ou, pior ainda, né? Que vive este amor, mas pela metade: um pouco sim, um pouco não, segundo as próprias conveniências. Olhemos para Paulo, com a sua coragem que vem deste amor, e olhemos Jesus que chora sobre aquela cidade, que não é fiel. Olhemos para a fidelidade de Paulo e para a infidelidade de Jerusalém e ao centro olhemos para Jesus, o seu coração, que nos ama tanto. O que podemos fazer? A pergunta: eu me pareço mais com Paulo ou com Jerusalém? O meu amor a Deus é tão forte como o de Paulo ou o meu coração é como o de Jerusalém? O Senhor, por intercessão do Beato João Paulo II, ajude-nos a responder a esta pergunta. Assim seja!
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